BOA NOITE AMIGUINHOS
♥ Contos � A Festa no C�u ♥
Entre os bichos da floresta, espalhou-se a not�cia de que haveria uma festa no C�u.
Por�m, s� foram convidados os animais que voam.
As aves ficaram animad�ssimas com a not�cia, come�aram a falar da festa por todos os cantos da floresta. Aproveitavam para provocar inveja nos outros animais, que n�o podiam voar.
Um sapo muito malandro, que vivia no brejo,l� no meio da floresta, ficou com muita vontade de participar do evento. Resolveu que iria de qualquer jeito, e saiu espalhando para todos, que tamb�m fora convidado.
Os animais que ouviam o sapo contar vantagem, que tamb�m havia sido convidado para a festa no c�u, riam dele.
Imaginem o sapo, pesad�o, n�o ag�entava nem correr, que diria voar at� a tal festa!
Durante muitos dias, o pobre sapinho, virou motivo de goza��o de toda a floresta.
_ Tira essa id�ia da cabe�a, amigo sapo. � dizia o esquilo, descendo da �rvore.- Bichos como n�s, que n�o voam, n�o t�m chances de aparecer na Festa no C�u.
_ Eu vou sim.- dizia o sapo muito esperan�oso. - Ainda n�o sei como, mas irei. N�o � justo fazerem uma festa dessas e exclu�rem a maioria dos amimais.
Depois de muito pensar, o sapo formulou um plano.
Horas antes da festa, procurou o urubu. Conversaram muito, e se divertiram com as piadas que o sapo contava.
J� quase de noite, o sapo se despediu do amigo:
_ Bom, meu caro urubu, vou indo para o meu descanso, afinal, mais tarde preciso estar bem disposto e animado para curtir a festa.
_Voc� vai mesmo, amigo sapo? - perguntou o urubu, meio desconfiado.
_ Claro, n�o perderia essa festa por nada. - disse o sapo j� em retirada.- At� amanh�!
Por�m, em vez de sair, o sapo deu uma volta, pulou a janela da casa do urubu e vendo a viola dele em cima da cama, resolveu esconder-se dentro dela.
Chegada a hora da festa,o urubu pegou a sua viola, amarrou-a em seu pesco�o e v�ou em dire��o ao c�u.
Ao chegar ao c�u, o urubu deixou sua viola num canto e foi procurar as outras aves. O sapo aproveitou para espiar e, vendo que estava sozinho, deu um pulo e saltou da viola, todo contente.
As aves ficaram muito surpresas ao verem o sapo dan�ando e pulando no c�u. Todos queriam saber como ele havia chegado l�, mas o sapo esquivando-se mudava de conversa e ia se divertir.
Estava quase amanhecendo, quando o sapo resolveu que era hora de se preparar para a "carona" com o urubu. Saiu sem que ningu�m percebesse, e entrou na viola do urubu, que estava encostada num cantinho do sal�o.
O sol j� estava surgindo, quando a festa acabou e os convidados foram voando, cada um para o seu destino.
O urubu pegou a sua viola e v�ou em dire��o � floresta.
Voava tranq�ilo, quando no meio do caminho sentiu algo se mexer dentro da viola. Espiou dentro do instrumento e avistou o sapo dormindo , todo encolhido, parecia uma bola.
- Ah! Que sapo folgado! Foi assim que voc� foi � festa no C�u? Sem pedir, sem avisar e ainda me fez de bobo!
E l� do alto, ele virou sua viola at� que o sapo despencou direto para o ch�o.
A queda foi impressionante. O sapo caiu em cima das pedras do leito de um rio, e mais impressionante ainda foi que ele n�o morreu.
Nossa Senhora, viu o que aconteceu e salvou o bichinho.
Mas nas suas costas ficou a marca da queda; uma por��o de remendos. � por isso que os sapos possuem uns desenhos estranhos nas costas, � uma homenagem de Deus a este sapinho atrevido, mas de bom cora��o.
♥ Curiosidades ♥
Lu�s da C�mara Cascudo foi um importante estudioso de folclore brasileiro e mundial, um folclorista. Nasceu em 1898 em Natal no Rio Grande do Norte e morreu em 1986.
Al�m de folclorista ele foi um etn�logo, pesquisador que estuda diversas culturas.
Cascudo recolhia lendas e contos populares do Brasil, al�m de escrev�-las ele as relacionava com lendas e mitos de outras partes do mundo.
A festa no c�u � uma f�bula muito popular no Brasil. Cascudo e os demais folcloristas a classificaram como conto etiol�gico, ou seja um conto inventado para explicar o motivo de determinadas caracter�sticas pertencerem a um animal. Como o macaco ter um rabo grande, a tartaruga ter o casco remendado etc.
Em algumas regi�es do Brasil o conto A Festa no c�u, tem no lugar do sapo uma tartaruga, um jabuti. Este conto tamb�m faz parte do folclore portugu�s.
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