BOM DIA,BOA TARDE E BOA NOITE, AMIGUINHOS
★ O PATINHO FEIO ★
L� embaixo, na campina, escondido pela grama alta, havia um ninho cheio de ovos. Mam�e Pata deitava-se nele, toda feliz, aquecendo os ovinhos. Ela esperava, com paci�ncia, que seus patinhos sa�ssem da casca. Foi uma alegria doida no ninho. Craque! CraOs ovinhos come�aram a abrir. Os patinhos, um a um, foram pondo suas cabecinhas para fora, ainda com as peninhas molhadas.
Os ovinhos come�aram a abrir. Os patinhos, um a um, foram pondo suas cabecinhas para fora, ainda com as peninhas molhadas.
Os ovinhos come�aram a abrir. Os patinhos, um a um, foram pondo suas cabecinhas para fora, ainda com as peninhas molhadas. No meio da ninhada, havia um patinho meio estranho, bem diferente dos outros. gorda, a linguaruda do quintal, foi logo dizendo:
Mam�e Pata ficou triste com o coment�rio da linguaruda. Ai, ela falou:
- "N�o vejo nada de errado com o meu patinho!"
- "Eu vejo", disse a linguaruda, completando:
"Nenhum dos outros patinhos � assim!"
Alguns dias depois, Mam�e Pata foi se balan�ando para as �guas do lago, com os patinhos atr�s. Plaft! Ela pulou na �gua e, um por um, os patinhos pularam tamb�m. Nadaram que foi uma beleza. At� o Patinho Feio nadou com eles tamb�m. Mas ai eles foram para o cercado dos patos. Os outros patos pararam e disseram:
- "Olha s�, ai vem outra ninhada. Como se n�s fossemos poucos!"
A pata gorda foi logo dizendo:
- "E como � feio o patinho do fim da fila! Olha s� como anda todo desengon�ado. N�s n�o queremos essa coisa feia aqui perto dos nossos filhos! Vai acabar pegando feiura em todo mundo!"
Um por um, os patinhos avan�aram pro Patinho Feio com ar de desprezo. Beliscaram seu pesco�o e depois o empurraram para fora do cercado. Patinho Feio. Coitado do Patinho Feio...
-"Feio n�o! Horroroso! "- gritava a pata gorda pra todo mundo.
Mam�e Pata sempre vinha defender o seu Patinho Feio. Xingava todas as aves que implicavam com o patinho, mas de nada adiantava.
vez mais os bichos ca�oavam de seu filhinho. Todo dia era a mesma coisa. Era muito dif�cil para o Patinho Feio escapar das goza��es e implic�ncias.
Ai chegou o inverno. Os dias iam esfriando e o Patinho Feio teve que nadar na �gua gelada porque tudo era gelo em volta dele. Ningu�m veio dar carinho pra ele, a n�o ser sua m�e, e ele, muito triste, comeu muito pouquinho e ficou muito fraco. Poucas penas cresceram pelo seu corpo magrelo. Ficou de corpo encurvado e pesco��o pelado. At� parecia que a natureza estava contra ele naquele inverno.
Mas, com a primavera, quando o sol come�ou a brilhar quente outra vez, o Patinho Feio sentiu que suas asas estavam mais fortes. Poderia sair dali. Ir para bem longe. Disse para si mesmo:- "Ningu�m sentir� a minha falta, a n�o ser minha m�e. Mas tamb�m ser� um al�vio pra ela. N�o precisar� brigar com meus irm�os por causa de mim. Acho que, se eu for embora, todo mundo vai gostar."
E, decidido, o Patinho Feio bateu as asas e saiu voando. Foi voando, voando, voaaaando... Cada vez ficando mais distante da sua terra natal. L� longe, viu que tinha chegado a um grande jardim. Tr�s lindos cisnes estavam nadando num lago. O Patinho Feio ficou olhando horas e horas a fio os cisnes. Bem baixinho, resmungou:
- "Eu queria ficar por aqui s� pra ser amigo deles. S�o t�o bonitos... Mas � capaz deles n�o quererem, porque eu sou muito feio."
Ficou nesta indecis�o, at� que teve coragem e disse:
- "Mas n�o faz mal. Tenho que tentar. Se eu n�o tentar, nunca ficarei sabendo se eles v�o ou n�o me aceitar."
A�, ele voou para a �gua e nadou bem ligeiro at� os cisnes. Mas, quando ele olhou para baixo, para o espelho da �gua e viu seu corpo refletido nela, que surpresa! Sua imagem nada tinha a ver com aquele patinho feio, cinzento e desajeito que um dia tinha partido da sua terra natal. Na verdade, agora ele era t�o branco e elegante como os cisnes. Sim, ele era um cisne. Pousou nas �guas cristalinas do lago e nadou feliz da vida! Todo orgulhoso, n�o deixava de olhar sua imagem refletida na �gua. Era um lindo e elegante cisne que nadava pelo lago, junto de outros cisnes. As criancinhas chegaram no jardim e gritaram:
-"Chegou um cisne novo!" - exclamou a menina.
-"Olha s� como ele nada bonito" - comentou o menino de bon�. E a menina voltou a exclamar:
-"Este que chegou agora � o mais lindo de todos!"
O Patinho Feio, que n�o era mais patinho feio, mas um novo cisne, ficou at� meio envergonhado com os coment�rios das crian�as e virou a cabecinha pro lado; mas estava muito feliz. Agitou as asas, curvou o pesco�o fino e disse:
-"Quando eu era um patino sonhei com tanta felicidad Entrou por uma porta, saiu por outra.
Conto de H. C. Andersen