Desabafo da natureza
Minha resposta cair� sobre voc� e seus descendentes,
na f�ria de meus furac�es e tsunames,
arrasarei at� o mais suntuoso j� edificado,
enviarei a chuva �cida sobre suas cabe�as insanas.
Provocarei instabilidade em seu clima.
Dos frutos que tanto almeja deleitar-se,
j� n�o mais comer�s.
Antes da sua invas�o inconseq�ente,
pairava sobre ti a calma brisa a passar pelo seu rosto.
Hoje, o que recebes s�o tempestades carregadas de f�ria.
No seio de minhas florestas intocadas,
vivem meus animais amparados por minha incans�vel atribui��o,
at� o dia em que chegar�o suas m�quinas,
seus tratores guiados por seus operadores enlouquecidos.
Abra�ar�s sem piedade com seus la�os de corrente
trazendo abaixo minhas filhas centen�rias,
ao qual meu cora��o enchia-se de j�bilo.
J� n�o existem mais,
paira sob suas �guas um decomposto de dejetos qu�micos e humanos.
At� minhas reservas do l�quido da vida,
guardadas e intactas h� milh�es de anos,
j� foram descobertas.
Em sua pseudo intelectuidade,
j� pensas na invas�o quando isso for destru�do.
Ser�, ent�o, o come�o do fim da sua soberania.
de Sebasti�o Donizeti Eug�nio