


UMA ROSA NA MESA...
N�o sei qual palavra murmura
no aroma de brisa que exala
o vulto noturno que mora
no sopro da voz que me fala.
Se quero escutar j� n�o ou�o,
et�reo contorno se apaga...
� chama de luz que me acalma
na palma da m�o que me afaga.
Pressinto seus passos ro�ando
meus p�s no sil�ncio da sala...
Respondo o que em v�o me pergunta.
Pergunto, mas ele se cala...
N�o pode ser pranto o que chora
nem pena o destino em que vaga,
se o pranto que chora � por mim
se � minha essa pena que paga.
E sopra e suspira e me abra�a
e ri nos cristais com leveza...
Depois vai embora na brisa
deixando uma rosa na mesa!...
Afonso Estebanez

PROCURO ENSINAR MINHA ALMA
A VOAR SOZINHA COMO A �GUIA
PARA QUE N�O APRENDA
A VOAR EM BANDOS
COMO AS ANDORINHAS.
( Afonso Estebanez )
